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Não era amor...

  • Foto do escritor: asmpsicologia
    asmpsicologia
  • 7 de mar. de 2020
  • 1 min de leitura

Não era amor, mas sim compulsão à repetição. Quem já se perguntou a razão das coisas sempre acontecerem da mesma maneira, ou de obter o mesmo resultado, de nada mudar, e parecer estar tendo as mesmas atitudes mas com pessoas e situações diferentes?! Vamos tentar entender um pouquinho como acontecem estas repetições.

Em 1914, Freud escreveu um texto intitulado como “Recordar, repetir e elaborar”, em que descreveu os fenômenos que são a base do pensamento psicanalítico, considerando que somos seres dotados de subjetividade, ao longo de nossas vidas acumulamos várias experiências, podendo ser positivas em aspecto de crescimento e desenvolvimento, ou traumáticas, sendo aquelas que acabam mobilizando a pessoa a tal ponto que não consegue lidar com a dor, sendo que algumas delas tendemos a reprimir. O que Freud diz é que toda pessoa na relação com o outro, tende a ter comportamentos e atitudes com características das experiências iniciais.

Geralmente, a pessoa não lembra do que esqueceu ou reprimiu, só que acaba expressando-o pela atuação, ou seja, reproduz não como lembrança, mas sim como ação, repete sem saber ou ter consciência do que está repetindo. E assim acontece com a maioria das pessoas, e por isso aquela sensação das coisas sempre acontecerem da mesma forma, dos relacionamentos terem o mesmo desfecho, mesmo sendo pessoas totalmente diferentes.

Por isto que é importante o processo terapêutico, o sintoma em si não vai sumir de uma hora para outra, pois é preciso recordar, de forma consciente, repetir e então elaborar. A análise vai permitir que as fantasias e os pensamentos que estiveram inconscientes possam ser rememorados, criando assim condições para as representações simbólicas e compreensão de seus reais significados.

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